quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Sentença

Certo! Ponto final!
Eu te amo e não sei o que fazer!
Quando, às vezes sem querer,
Eu vejo um sinal

Da sua presença,
Uma alegria cresce e me toma
e eu faço do mundo nossa redoma!
Então está dada a sentença:

Eu te amo! Ponto final!
Quero essa felicidade!
Eu olho a sua foto e me invade
Uma vontade meio bestial

De fugir e te encontrar,
De me encher em teu abraço,
Preenchendo todo o espaço
Ao redor e, até mesmo, dançar.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Fogo

Quando o outro vê e junto
começa a chorar forte, 
eu também acredito
que foi só um tropeço

infantil. Mas difícil 
é provar. Fale sério, 
diga a verdade, grite,
sem parar. Sendo corpos

ainda quentes, a raiva
estará tão fervente
que marcará qual fogo.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Dom capcioso

Silêncio latejante e verde pálido
No meio do negrume. Um relâmpago
Feliz, que nos convida ao vil estrago
Ao longe. No gramado quente e cálido

Encontro seu sorriso melodioso.
Como foi que você caiu assim?
Enrolada na grama do jardim
Você é dom abundante e capcioso.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Ao injusto e ao injustiçado

Quem chora de saudade
Da mesa que, de tanto usada,
Revelou sua natureza cansada
E deixou esparramar a calamidade?
Quem chora?

Quando foram os primeiros sinais?
Isso nunca aconteceu antes!
3 olhos lacrimosos brilhantes
Identificavam razões irracionais.
E agora?

Ninguém pressentiu!
As flores descansam no assoalho e o vinho caiu
na toalha branca e impecável.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Bobagens apaixonadas

Abre os braços e deixa o tempo
Correr entre nossas risadas.
O sol tímido desenha sombras no teu rosto,
Contornando seu sorriso contido
Que me faz espectador de sonhos.

Esse hoje sou eu. Involuntariamente
Abandonado, como uma herança de um
Tio que não se sabe que existe.

Será que você realmente não sabe?
Eu disfarcei tão bem as minhas bobagens
Apaixonadas, enquanto conversávamos nas estrelas?

domingo, 5 de janeiro de 2014

Deus não importava

Eu ficava em pé na sua frente.
Entre nossos olhos uma multidão
Desconhecida e você, já tradição,
Chegava tarde. De forma insistente,

Eu sempre encontrava seus
Olhos de nuvem mirando em mim.
Quando todos partiam, já no fim,
Nos abraçávamos forte e Deus,

Naquele momento, não importava
Nem a mim nem a você.
Nunca entendi o que significava

Aquele longo e quente abraço.
Eu voltava pra casa, caminhando,
Quieto, pensativo e sem estardalhaço.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Até a chuva parar!

Um, dois, três: Livre!
Escada acima, escada abaixo.
Soturno, com passos leves,
Eu evitei lugares proibidos
e me espreitei atrás da porta.
Não constava em planos,
objetivos e propostas
esse correr solto em alegre voar!
Precisamos rir em silêncio,
Pelo menos até a chuva parar.